A Consulta de Imunoalergologia Pediátrica foi constituída para acompanhar crianças e adolescentes na prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças alérgicas e doenças do sistema imunitário.
A Asma é uma das doenças crónicas mais frequentes na criança. Não pode ser curada, mas pode e deve ser controlada. Trata-se de uma inflamação dos brônquios devido à ação de diversos estímulos, alergénios ou irritantes. Daí resulta um súbito aperto de maior ou menor intensidade, mas habitualmente temporário. A dificuldade respiratória deve-se ao bloqueio do ar, preso nos pulmões, que não pode sair normalmente. Durante a crise de asma, a criança revela-se ansiosa e sente que a sua respiração tem limitações. Pode mesmo ter a sensação de sufocação. Se a doença não é tratada adequadamente, a inflamação instala-se, tornando-se permanente. As crises de asma podem ser desencadeadas ou agravadas, por estímulos específicos (alergénios) ou inespecíficos.
Específicos – São substâncias que podem dar sintomas nas crianças alérgicas e não causam sintomas nas não-alérgicas.
Alergénios – São importantes desencadeantes de asma:
Inespecíficos – Podem desencadear ou agravar os sintomas de asma, tanto nas crianças alérgicas como nas não-alérgicas:
A rinite alérgica é uma inflamação da mucosa nasal e constitui uma patologia muito frequente. No conjunto das doenças alérgicas é, sem dúvida, a mais prevalente. Porém, o diagnóstico é na maioria das vezes tardio por ser interpretada como uma infeção comum (por exemplo, constipação). Em situações arrastadas e não controladas poderá complicar-se com sinusite, polipose nasal, otite ou asma brônquica.
É uma doença crónico-recidivante da pele, que com frequência se associa a outras doenças alérgicas, nomeadamente a asma brônquica e a rinite, aparecendo habitualmente antes das manifestações respiratórias. Atinge preferencialmente os grupos etários pediátricos e em 80% dos casos manifesta-se durante o primeiro ano de vida.
A alergia a um determinado alimento origina, habitualmente, o aparecimento dos sintomas poucos minutos após a ingestão. Estas reacções denominadas imediatas podem atingir a pele e mucosas, as vias respiratórias, os sistemas gastrointestinal e cardiovascular, de uma forma isolada ou combinada. Surgem, assim, manifestações de urticária, angioedema, rinoconjuntivite, asma e choque anafiláctico. As manifestações clínicas de tipo imediato mais frequentes são a urticária, o angioedema, e a síndrome de alergia oral. As reacções anafilácticas são mais raras.
Leite, ovo, frutos secos, soja, trigo, peixe e marisco são os alimentos mais frequentemente envolvidos na criança.
É caracterizada pelo rápido aparecimento de pápulas (lesões cutâneas ligeiramente elevadas em relação à pele sã), eritematosas (avermelhadas) algumas vezes esbranquiçadas na parte central, acompanhadas de prurido (comichão) ou por vezes sensação de queimadura, desaparecendo por breves segundos após pressão. Estas lesões regridem espontaneamente ou com terapêutica, sem lesão residual num período de 24 horas podendo recorrer. Em alguns casos, o edema pode ser mais profundo dando origem ao aparecimento de angioedema (inchaço), por vezes doloroso em alternativa a pruriginoso, com envolvimento frequente das mucosas, sendo a resolução mais lenta comparativamente à da urticária (até 72 horas). Pode ser aguda ou crónica (duração superior a 6 semanas).
A consulta especializada de Imunoalergologia Pediátrica recebe apoio de outras especialidades médicas nomeadamente Pediatria, Pneumologia, Otorrinolaringologia.